Dicas para viajar com suas crianças pelo Brasil
Qualquer passeio com crianças é uma loucura. Bolsa com mudas de roupas, comida e bebida extra, medicamentos, brinquedos.
Viajar, a loucura é três vezes maior! Experimentei viagem de carro, de avião com as duas pequenas e até para fora do país quando minha mais velha tinha apenas dois anos.
Viajar de carro, tudo bem, é só abarrotar o porta-malas, manter os documentos das pequenas na bolsa, as carteiras de saúde e ir embora. Agora, se a viagem for de avião, quanto trabalho, quantas malas, quantas dúvidas! Nem os funcionários das companhias aéreas conseguiam tirar todas as dúvidas que eu tinha. Sem falar que cada companhia aérea e, mais ainda, cada cidade funciona de uma forma e abre suas exceções de maneiras diferentes.
Antes de embarcar
Ter plano B para questão de alimentação, plano de saúde e/ou seguro de viagem em dia e/ou contratado, visitar o pediatra dias antes da viagem e comprar medicamentos necessários são alguns requisitos para uma viagem tranquila. É interessante pesquisar a respeito do local a ser visitado e também da vizinhança em que ficará hospedado.
Onde se hospedar
O planejamento tem que ser impecável. O local de hospedagem, sempre que possível, deve ser recomendado. Descobrimos isso da pior forma, quando tivemos uma péssima experiência ao ficarmos hospedados numa pousada a beira mar no litoral norte de São Paulo. O local escolhido parecia ideal pela internet, mas quanta diferença ‘ao vivo’: o que parecia confortável era sujo e mal conservado. A ‘cozinha da mamãe’, um suposto espaço para preparar as refeições de bebês, era um cantinho com equipamentos enferrujados e aberto ao tempo.
Apartamento alugado ou não
Também já experimentamos alugar um pequeno apartamento e a experiência teve pontos positivos e negativos. Há mais liberdade para deixar o lugar mais parecido com nossa casa, mas você depende de uma série de serviços por perto. Também é importante conferir se o imóvel possui a estrutura mínima em boas condições de funcionamento. Outro aspecto é a limpeza diária. Você pode assumir essa tarefa como também tem a opção de contratar o serviço.
Transporte
Caso se aventure a fazer seu próprio roteiro é legal analisar as opções de transporte. Algumas cidades possuem táxis mais acessíveis que compensam o uso do carro alugado, mas se você busca mais liberdade de movimento não há saída que não um modelo de locadora. Com o nível de transporte público no Brasil é difícil encontrar uma cidade bem estruturada nesse sentido.
Fizemos uma viagem recente em que alugamos assentos infantis juntamente com o automóvel e a qualidade deles era muito ruim. Não deu para se sentir segura com as crianças viajando neles, apenas cumprimos a legislação. Levar os nossos próprios assentos pode ser uma alternativa, mas prepare-se para a dor de cabeça com seu manuseio no aeroporto.
O voo
Parece óbvio, mas prefiro voos noturnos. Assim as crianças dormem ao menos um trecho da viagem. Não é à toa que elas se irritam: não podem sair do lugar, fazer barulho, não tem conforto para deitar-se, há sempre a dificuldade com a pressurização e a dor no ouvido. Quem nunca viajou com uma criança chorando o voo todo por perto?
Crianças até 2 anos de idade devem ser transportadas no colo dos pais e com o cinto afivelado nelas ou então, deve comprar um assento para o bebê e levar a cadeirinha que usa-se no carro para acomodá-lo. Pensando bem, nenhuma das situações é agradável.
Numa viagem que fizemos o jeito foi levar brinquedos, papéis e lápis de cores e até mesmo fazer uso do celular ou tablet (quando for liberado pela tripulação) para distrai-las.
Mas o pior talvez seja a refeição a bordo. Sucos de má qualidade, doces e frituras, pode? Pode sim. Bom saber que no caso de embarcar com crianças, podemos levar líquidos e comidas necessárias para o tempo de voo (papinhas industrializadas, frutas, água para o leite, bolachas). Foi a saída.
Sempre útil, o carrinho guarda-chuva pode ser levado à bordo. Na hora de embarcar, é só deixar com a recepcionista e retirá-lo ainda no avião ou junto com a bagagem no desembarque – isso depende de cada companhia aérea. Além da mala com roupas extras, fraldas, comidas, vale lembrar de levar uma manta. Durante o voo o avião sempre congela, não?
O que fazer se a criança passar mal
Se você não possuir um plano de saúde com boa rede de atendimento no destino é melhor valer-se de um seguro-viagem. Em ambos os casos, vale consultar hospitais, consultórios e seus endereços caso ocorra alguma emergência.
Em relação ao seguro viagem, é sempre importante ler cuidadosamente a diferença entre os planos oferecidos e ter em mãos, após feito o contrato, número da apólice, telefones de contato e principais hospitais que prestam atendimento.
Viajar é um momento de relaxamento e de boas lembranças, mas para isso é vital planejar-se para não tornar suas férias um pesadelo.