Afinal, frango tem ou não hormônios?
A campanha da Sadia aproveitou uma suposta lenda urbana que existem hormônios em excesso nos frangos vendidos no mercado, sobretudo os industrializados. Cansei de ouvir minhas avós e tias dizerem que “antigamente frango não era assim, etc”.
Li recentemente que Ubabef, a União Brasileira de Avicultura, garantiu que o frango produzido no Brasil não tem hormônios nem conservantes. Até o Ministério da Agricultura entrou na história autorizando os produtores a colocarem em seus produtos os dizeres: “Sem uso de hormônio, como estabelece a legislação brasileira”.
Que bacana, tudo, então, está esclarecido. Mas não está. Minha filha mais velha, hoje com 4 anos, teve uma amiguinha no berçário há três anos que precisou parar de comer frango porque havia sinais de desenvolvimento nos seios – isso com apenas um ano de idade.
Desde aquela época passamos a comprar frangos da marca Korin, que são criados sem hormônios, segundo a embalagem.
Mais recentemente, um caso em família apontou a mesma causa. Uma priminha, também na faixa de um ano, passou pelo mesmo problema e a recomendação da pediatra foi cortar o frango e também os ovos da dieta da criança.
Certamente, muita gente deve ter conhecer casos semelhantes, o que evidencia que há algo de errado entre o que divulgam as marcas, associações e governo e o que pensam médicos. E nós estamos no meio dessa desinformação.
Se não é o frango que causa esse problema, então do que se trata?