Bebê dormindo a noite inteira? É possível!
Quando estava grávida de minha primeira filha, ouvia as pessoas próximas dizendo que era melhor eu descansar bastante, pois nunca mais dormiria novamente; que eu teria que comprar um moisés para colocar no quarto, pois bebês passam a noite acordados e, com eles ao lado, fica mais fácil descansar. Enfim, pessoas alertando que meu sono, literalmente, iria para o beleléu.
Por outro lado, duas colegas de trabalho me apresentaram os livros: “Nana Nenê” de Garry Ezzo e “Os Segredos da Encantadora de Bebês” de Tracy Hogg e Melinda Blau. Os dois livros tratam, com métodos diferentes, de implantar rotinas na vida dos bebês desde seus primeiros dias de vida.
Com muita dificuldade, contrariando a maioria das pessoas que me cercam, inclusive mãe e sogra, iniciei, desde a chegada da pequenina em casa, um trabalho de formiguinha, incessante, mas que valeu cada minuto dispensado.
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Chegando em casa, no seu terceiro dia de vida, a bebê começou a dormir no berço, em seu quarto. Nada de cama da mamãe e do papai, nada de moisés ou carrinho no quarto e nada da mamãe sair de sua cama para ir dormir com a bebê. O primeiro mês foi difícil? Sim, muito. O sono tomava conta de mim, irritação por ter que acordar várias vezes durante a noite. Mas, tirando fome ou cólicas, a partir dos dois meses de idade a pequenina começou a dormir mais de seis horas por noite. Sonho? Não! Muita persistência mesmo.
Até os dois meses eu amamentava de madrugada, a partir dos dois meses, com o aval da pediatra da bebê, pois ela já havia chegado num peso ideal para a idade, comecei a tirar a mamada da noite. Foram cinco dias, ou melhor, noites, de muito cansaço. A bebê, acostumada a mamar durante a madrugada, mantinha sua rotina de acordar, mas eu levantava e pacientemente acalentava a bebê no berço mesmo, insistia com a chupeta, caso ela se irritasse muito, a pegava no colo para acalmá-la e a colocava no berço novamente. Sempre conversando, explicando que a mamãe estava perto dela, que a partir deste momento ela deixaria de mamar à noite e que passaríamos por isso juntas.
Como falei anteriormente, no meu caso, foram cinco dias. A partir daí ela começou a dormir deliciosamente a noite toda.
Para minha felicidade, com a bebê mais nova, esta fase de transição foi muito mais tranquila. Acredito que, por dormirem juntas, a mais velha pode ter influenciado a mais nova. Não precisei fazer “treinamento” algum, ela, naturalmente, antes dos três meses de idade, já dormia a noite toda.
Não é fácil, não é divertido, mas hoje em dia não me arrependo de ter passado menos de uma semana acordada por várias horas durante à noite, pois minhas pequenas aprenderam que a noite foi feita para dormir. E desde os primeiros dias de vida.