Educação financeira desde pequeno
Desde que me conheço por gente nunca me senti “gastona”. Venho de uma família de classe média em que cada centavo foi preciso economizar para que pudéssemos estudar e ter acesso a cultura e informação que complementaram nossa formação. E sempre tive consciência do esforço financeiro que meus pais faziam para conseguir isso.
No entanto, quando me deparei com meu primeiro emprego aos 18 anos, fiquei deslumbrada em ter uma conta corrente só para mim, cheque e cartão em minhas mãos. Acreditem, gastei todo o meu salário antes mesmo de recebê-lo. Tive, então, minha primeira grande lição financeira com meu pai – além de uma bela bronca.
Hoje compartilhamos com nossas filhas a situação financeira sem fazer rodeios. É claro que não dá para explicar para duas crianças com menos de sete anos como funciona tudo isso, mas tentamos, dentro do conhecimento que elas têm, fazerem com que compreendam que se não dá para ter algo no momento existe uma razão sensata para isso.
Todo esse cuidado para que um dia possam saber controlar seu próprio dinheiro e não tenham a surpresa que tive.
Ajuda providencial
O susto serviu para que decidisse manter o controle do meu dinheiro e não deixá-lo me controlar. Um computador na mão auxiliou muito esta tarefa, no meu caso. Recentemente, baixei um aplicativo no celular que me ajuda manter as contas controladas quase que diariamente. Criei uma tabela com meus recebíveis, minhas contas fixas (escola, condomínio, luz, água, telefone), contas variáveis (mercado, farmácia, salão de beleza, entretenimento) e assim consegui ter noção e controle de minha situação financeira.
Facilita meu dia-a-dia e dá uma visão a longo prazo do que temos a fim de me planejar para as salgadas contas anuais como matrículas escolares, IPVA, IPTU e seguro do carro. Hoje dá para dizer que meu salário consegue chegar na conta e ficar por lá pelo menos por um tempo…
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