Os pelos que nos cobrem
Mesmo com a tendência de deixar os pelos ao natural, muitas mulheres ainda preferem se depilar. Veja quais são as formas mais conhecidas
Os pelos tornaram-se uma bandeira de independência e autoafirmação das mulheres nos últimos tempos. Deixar de se depilar passou a ser uma atitude defendida por muita gente que considera essa exigência como um padrão de beleza, para muitas, imposto pelos homens. Não pretendo enveredar pela defesa ou não da eliminação dos pelos, por isso admiro e respeito quem quer ficar ao natural. É um direito dessas mulheres como é meu também não gostar deles.
Sim, retirar os pelos de pernas, axilas, virilha e o famoso “bigodinho” é algo desagradável, mas considero mais higiênico e, depois de tanto tempo experimentando várias técnicas, hoje convivo muito bem com os poucos que sobraram, felizmente. Por isso, resolvi compartilhar algumas formas de eliminá-los, seus prós e contras, para quem possa estar buscando uma outra saída mais eficaz.
Lâmina, a popular “gillette”
Talvez seja o método mais conhecido, rápido e completamente indolor de sumir com a pelagem. O problema é que o resultado deixa a desejar. Raspando os pelos com a lâmina, eles voltam a crescer, algumas vezes no mesmo dia (este é o meu caso). A pele também fica marcada e por precisar repetir o processo dia sim e dia também, não são raros os machucados. Ou seja, virou a última alternativa, quando é preciso agir em momento de emergência.
Cera
Seja ela quente, fria, industrializada ou caseira (desde adolescente faço meu ‘produto’ pessoal com açúcar e limão), a cera é uma técnica com bons resultados. Mas não tem como negar, é um processo demorado e dolorido (nas primeiras vezes), mas que enfraquece os pelos e deixa a pele com um aspecto bem melhor após desinchar. Um dos argumentos contrário são os problemas com pelos encravados que aparecem em algumas regiões e são difíceis de remover.
Creme depilatório
Assim como a lâmina, é um processo indolor, um pouco mais demorado (aplica-se creme no local, espera-se agir por alguns minutos e depois retira-se com a ajuda de uma espátula ou esponja), mas os pelos também retornam rapidamente e bem fortes. Por outro lado, não dá origem a pelos encravados e mantém a pele bastante lisa.
Pinça
Socorro, como doi! A primeira vez que tirei meu buço foi escondida de minha mãe. Ela achava muito cedo para eu remover os pelos dessa área, mas minhas colegas de escola viviam praticando bulliyng com o meu “bigode”). Então, aos 13 anos me tranquei no banheiro e tirei pelo por pelo com a pinça. As lágrimas escorriam sem que eu percebesse e o redor da minha boca parecia um pimentão vermelho, mas valeu cada gota de lágrima escorrida. Continuo usando a pinça, mas é mais eficiente em locais menores (como a sobramcelha), com pelos mais difíceis de saírem ou para dar uma limpada no local ao final de um outra forma de depilação.
Linha
Trata-se de uma técnica antiquérrima: retira-se os pelos pela raiz, uma forma que não irrita a pele e não provoca pelos encravados. Funciona ao movimentar duas linhas 100% de algodão entrelaçadas que, por meio do atrito, arrancam os fios. Porém, como a pinça e a cera, é bem dolorida e é preciso ser realizada por profissionais, pois exige bastante treino.
Laser
A principal vantagem dessa técnica é ser duradoura (muitas pessoas não voltam a ter pelos na área tratada), além de não possuir poucas contra-indicações. Os feixes de luz focados na área escolhida transformam-se em energia térmica que é absorvida pela melanina do pelo fazendo com que seus centros germinativos sejam destruídos e impedindo o seu crescimento. A pele fica lisinha, clara e não há preocupação com pelos encravados. No entanto, por mais que ela tenha começado a se popularizar, a depilação continua sendo cara – para acabar com os pelos das axilas, o valor pode girar em torno de R$ 1.000.
Depilador elétrico
Há depiladores elétricos que fazem o mesmo trabalho da lâmina e outros que retiram os pelos pela raiz, como é o caso do Satinelle da Phillips, o Acqua Deluxe da Philco ou o Mondial Acqua Skin. Método rápido, eficaz, mas, como a pinça, pode ser bem dolorido no início – após três ou quatro vezes, você acostuma-se e não sente tanta dor. Algumas pessoas podem ter problemas com pelos encravados também, mas para aquelas que se acostumam, os pelos vão embora aos poucos. Uso essa técnica há mais de 25 anos e tive poucos problemas com pelos encravados. Em algumas partes do corpo, como na axila e no tornozelo, por exemplo, já nã o crescem mais pelos. Como se vê, se você é da turma dos despelados, opções não faltam.